segunda-feira, 28 de novembro de 2011

“Amizades”

Falar sobre este assunto sempre parece ser uma coisa boa, mas nem sempre é bem assim, afinal as aparências enganam.
Gosto de conversar com pessoas mais velhas, experientes, maduras... mas nem sempre isso é possível.
Quando era mais novo as pessoas que eu mais gostava de dialogar era com as minhas avós, uma tia e meu amigo(porém a nossa conversa era um pouco diferente, rs). Mas depois que me afastei devido a uma mudança de cidade há alguns anos tive que me adaptar. Tentei amizade com a vizinhança, mas isso acabou sendo horrível (pessoas muito fofoqueiras, esquecem de suas vidas para vigiar a dos outros); no trabalho(quando eu trabalhava) no início foi ótimo, mas depois vi uma verdadeira competição, falsidade e puxa-saquismo; no cursinho foi durante pouco tempo porém tive duas boas amizades (não demorei no cursinho e perdi o contato com as pessoas); sobrou a faculdade!
Na faculdade minha primeira turma era quase toda de pessoas que pareciam ainda não terem saído da adolescência, mas nos dávamos bem no pouco que conversávamos. Com o passar do tempo as pessoas que menos tinham conteúdo saíram da faculdade e as coisas foram melhorando. Durante um Bom tempo fiz parte de um grupinho que se reunia para conversar, desabafar, rir, encorajar, animar, enfim foi amizade por um tempo. Quando uma colega nossa(do grupo) revelou ser bissexual as coisas mudaram, pois mesmo que num tom engraçado todas as conversas acabavam se voltando para sua sexualidade. O grupo foi se dividindo, essa colega saiu da faculdade, o grupo acabou se dissolvendo, uma das poucas pessoas que sempre estava perto de mim hoje tento evitar o máximo (uma colega que diz que se apaixonou por mim). Um colega que vejo bastante, ele não suporta homossexuais(só aceitava a amizade com a colega bi, pois achava engraçado e porque era um motivo pra ele ficar fazendo piadinhas - ele não sabe sobre mim, não sou assumido). E pra minha colega bi(“amiga” citada na minha última postagem) eu era o “amigo sincero e de confiança”(ela me contava seus segredos e suas aventuras).
Resolvi parar pra analisar essas “amizades” da faculdade, e percebi que para a maioria era legal conversar comigo, pois eu era o mais velho do grupo, o mais compreensivo e bastante sincero. Quando fui ver o saldo dessas relações me decepcionei, pois as pessoas contam comigo, confiam em mim, eu muitas vezes percebo o que elas querem ou estão pensando só através do olhar(pois já os conheço e os observei muito) eles nem precisam dizer, mas a contrapartida nunca foi verdadeira que dirás reciproca. Não consigo confiar em nenhum deles, contar com eles ou desabafar pra eles nem pensar! Ultimamente venho refletindo, antes só do que mal acompanhado.
Eles não me ajudam a dividir o meu “peso”, porém sempre carrego metade dos deles. Entretanto mesmo que eu quisesse confiar neles seria impossível, se volta e meia eles chegam até a mim para falar mal um dos outros, fofocar sobre seus próprios “amigos”...
Ainda não tenho amigos mais velhos na faculdade(ou simplesmente Amigo), mas pelo menos venho tendo uma boa relação de colegas com eles que já é melhor que essas “amizades”.

domingo, 20 de novembro de 2011

1º Paixão


Me apaixonei pela primeira vez, já deve ter uns 2 anos, apesar de não ter sido como eu queria foi bom.
Foi na faculdade, eu o vi numa aula(no inicio de um semestre) e achei ele simpático e só me dei conta um mês depois que na verdade era colega de sala dele em três matérias, nos aproximamos viramos bons colegas, fazíamos trabalhos juntos, um tinha o número do outro... Mas só me dei conta que estava gostando dele quase no meio do semestre.
Eu gosto de olhar nos olhos das pessoas, principalmente enquanto converso, e com ele não era diferente, mas ele não era muito de retribuir com o olhar, porém depois que me dei conta do que sentia, tentei evitar ficar tão próximo dele pois sabia que ele tinha namorada.
No meio de toda está história surgiu um conflito na minha cabeça, não sei bem o porque mais algumas pessoas me acham uma pessoa de confiança e justamente isso que eu queria que ele sentisse, até que descobri que confiava em mim. Em uma conversa no meio de uma aula chata, ele simplesmente falou: “minha namorada as vezes esquece que ela é só minha namorada, não é minha mulher e que a minha família vem em primeiro lugar”, e não foi só isso algumas outras vezes ele demonstrou desinteresse ou indiferença pro que ela pensava ou queria, ele chegou a dizer que em alguns momentos só não acabava o relacionamento por causa da família dele e a dela, ambas são bem religiosas ao contrário dele(mas realmente nunca entendi muito bem o porque que ele se sentia preso nesse namoro). Nunca conheci a garota.
O que eu não contei foi que quando ele me falou essas coisas ele passou a olhar diretamente nos meus olhos, cheguei até a ficar sem graça, mas sempre demonstrei gostar de olhar nos olhos, tentei ignorar os olhares dele mais como passou a ser comum acabei não conseguindo deixar de me iludir.
Apesar da vontade, tinha receio de tomar uma iniciativa, pois além de eu ser tímido para isso também tem o fato dele estar comprometido. Mas gostava muito de vê-lo e de estar perto dele, teve uma época que íamos até nos sábados para faculdade, para “estudar”.
Com o fim do semestre, passei a refletir mais sobre o assunto, minha insônia(tenho desde novinho) não me dava trégua, e pensar em outra coisa ou conseguir me concentrar em algo era muito difícil. No início do semestre seguinte foi frustrante raramente nos víamos, eu sinceramente não sei se sou bom em esconder meus sentimentos ou se as pessoas ao meu redor não percebiam nada mesmo. O único dia que demonstrei minha tristeza na faculdade só uma “amiga” percebeu mais como eu disse que estava com saudades de alguém e que já iria ficar bem, ela tratou de mudar de assunto e ainda me pedir para ajudá-la em algo fútil que nem me recordo.
Vê-lo ficou muito raro e quando nos víamos mal conseguíamos nos falar sempre aparecia alguém para interromper, chamando ele ou eu. E depois disso só piorou, pois do semestre seguinte até hoje só o vi uma vez e de mãos dadas provavelmente com a companheira. Essa paixão durou um pouco mais de 1 ano, sofri um pouco mas na verdade gostei muito de ter me apaixonado, me ajudou a amadurecer.
Algo curioso em toda história, é que ele não tinha muito haver com as pessoas que despertam meu interesse. Ele era mais baixo que eu(tenho 1,79 e ele deveria ter entre 1,60 e 1,64), não tinha muita humildade, gostava de contar vantagens, pra ele tudo era fácil e simples, mas ele tinha várias qualidades, era bonito, educado, simpático, inteligente, honesto, …
O que me deixo chateado, foi o fato de perceber que eu enxergava muito bem os defeitos e qualidades dele, enquanto que várias pessoas fazem questão de dizer que a paixão cega, pode até cegar mais apenas aqueles que não querem ver a verdade!
Enfim, não fui feliz na minha primeira paixão, mas já superei isso, estou bem e a espera de outro amor, rsrs.






sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Queria ser, invisível!?!


Queria ser invisível para os preconceituosos, para os religiosos, para os ignorantes e para mim mesmo.
As vezes sinto a necessidade de chamar um pouco da atenção, de pessoas especificas (é claro), mas logo desisto pois se não chamo atenção destas pessoas do meu modo de ser é porque não somos “compatíveis”.
Ser invisível seria um sonho, mas de que iria adiantar? Eu iria me chatear do mesmo jeito e me cansar, e iria querer voltar a ser notado!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Idade



Ultimamente estive me observando e acabei percebendo detalhes que antes preferia não dar importância, mas acho que hoje isso já é inevitável. Estou sempre perto de pessoas com idade parecida com a minha e são poucas (poucas mesmo) as pessoas que me interessam, mas quando me vejo próximo as pessoas mais experientes é muito diferente, não sei explicar exatamente o motivo, mas acho que é porque o que mais me atrai seja: a maturidade, inteligência, carisma, profissionalismo, etc e essas coisas raramente se encontra nos mais novos.
As vezes me pego observando pessoas mais maduras trabalhando, conversando, ou estudando e percebo que só o fato deles demonstrarem ser mais experientes me passa uma segurança, uma tranquilidade, não sei bem o que é, sei que gosto desta boa imagem que percebo. Sinto um pouco de receio por não consegui interagir muito com jovens como eu, mas os acho muito imaturos, fúteis, sem conteúdo, extremamente superficiais, apesar de as vezes também me sentir assim (detesto isso) e praticamente não consigo me imaginar com alguém assim.
Tenho a impressão de que sou muito exigente, porém ao mesmo tempo só acho que tenho um gosto um pouco diferente da maioria e simplesmente prefiro pessoas mais vividas, não quero um novo pai ou um irmão mais velho, mas sinto que o que quero é alguém com uma imagem masculina forte, determinada, acima de tudo de respeito.