Me apaixonei
pela primeira vez, já deve ter uns 2 anos, apesar de não ter sido
como eu queria foi bom.
Foi na
faculdade, eu o vi numa aula(no inicio de um semestre) e achei ele
simpático e só me dei conta um mês depois que na verdade era
colega de sala dele em três matérias, nos aproximamos viramos bons
colegas, fazíamos trabalhos juntos, um tinha o número do outro...
Mas só me dei conta que estava gostando dele quase no meio do
semestre.
Eu gosto de
olhar nos olhos das pessoas, principalmente enquanto converso, e com
ele não era diferente, mas ele não era muito de retribuir com o
olhar, porém depois que me dei conta do que sentia, tentei evitar
ficar tão próximo dele pois sabia que ele tinha namorada.
No meio de
toda está história surgiu um conflito na minha cabeça, não sei
bem o porque mais algumas pessoas me acham uma pessoa de confiança e
justamente isso que eu queria que ele sentisse, até que descobri que
confiava em mim. Em uma conversa no meio de uma aula chata, ele
simplesmente falou: “minha namorada as vezes esquece que ela é só
minha namorada, não é minha mulher e que a minha família vem em
primeiro lugar”, e não foi só isso algumas outras vezes ele
demonstrou desinteresse ou indiferença pro que ela pensava ou
queria, ele chegou a dizer que em alguns momentos só não acabava o
relacionamento por causa da família dele e a dela, ambas são bem
religiosas ao contrário dele(mas realmente nunca entendi muito bem o
porque que ele se sentia preso nesse namoro). Nunca conheci a garota.
O que eu não
contei foi que quando ele me falou essas coisas ele passou a olhar
diretamente nos meus olhos, cheguei até a ficar sem graça, mas
sempre demonstrei gostar de olhar nos olhos, tentei ignorar os
olhares dele mais como passou a ser comum acabei não conseguindo
deixar de me iludir.
Apesar da
vontade, tinha receio de tomar uma iniciativa, pois além de eu ser
tímido para isso também tem o fato dele estar comprometido. Mas
gostava muito de vê-lo e de estar perto dele, teve uma época que
íamos até nos sábados para faculdade, para “estudar”.
Com o fim do
semestre, passei a refletir mais sobre o assunto, minha insônia(tenho
desde novinho) não me dava trégua, e pensar em outra coisa ou
conseguir me concentrar em algo era muito difícil. No início do
semestre seguinte foi frustrante raramente nos víamos, eu
sinceramente não sei se sou bom em esconder meus sentimentos ou se
as pessoas ao meu redor não percebiam nada mesmo. O único dia que
demonstrei minha tristeza na faculdade só uma “amiga” percebeu
mais como eu disse que estava com saudades de alguém e que já iria
ficar bem, ela tratou de mudar de assunto e ainda me pedir para
ajudá-la em algo fútil que nem me recordo.
Vê-lo ficou
muito raro e quando nos víamos mal conseguíamos nos falar sempre
aparecia alguém para interromper, chamando ele ou eu. E depois disso
só piorou, pois do semestre seguinte até hoje só o vi uma vez e de
mãos dadas provavelmente com a companheira. Essa paixão durou um
pouco mais de 1 ano, sofri um pouco mas na verdade gostei muito de
ter me apaixonado, me ajudou a amadurecer.
Algo curioso
em toda história, é que ele não tinha muito haver com as pessoas
que despertam meu interesse. Ele era mais baixo que eu(tenho 1,79 e
ele deveria ter entre 1,60 e 1,64), não tinha muita humildade,
gostava de contar vantagens, pra ele tudo era fácil e simples, mas
ele tinha várias qualidades, era bonito, educado, simpático,
inteligente, honesto, …
O que me deixo
chateado, foi o fato de perceber que eu enxergava muito bem os
defeitos e qualidades dele, enquanto que várias pessoas fazem
questão de dizer que a paixão cega, pode até cegar mais apenas
aqueles que não querem ver a verdade!
Enfim, não
fui feliz na minha primeira paixão, mas já superei isso, estou bem
e a espera de outro amor, rsrs.